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Pela 11.ª vez, voo português apoia a investigação na Antártida, levando investigadores a esta região

Pela 11.ª vez, voo português apoia a investigação na Antártida, levando investigadores a esta região

Pela 11.ª vez, Portugal contribui para a logística científica na Antártida fretando um avião que transportará cientistas e técnicos entre Punta Arenas no Chile e o aérodromo Teniente Rodolfo Marsh Martin situado na ilha de Rei Jorge, na Antártida. O voo decorrerá no dia 17 de fevereiro de 2023 e será a âncora da Campanha Antártica Portuguesa 2022-23 que decorrerá até ao início do mês de Março, com o apoio de vários programas antárticos parceiros. O voo de ida e volta no mesmo dia transportará 2 investigadores integrados em projetos apoiados pelo Programa Polar Português (PROPOLAR), e 83 investigadores dos programas búlgaro, checo, chileno e espanhol. Este é o contributo português para a logística internacional que apoia as atividades científicas na Antártida durante o Verão austral, o período de atividade científica mais ativo do ano, no chamado continente branco.

A campanha antártica portuguesa 2022-23 integra 7 projetos de investigação, com um total de 12 cientistas no terreno (1 belga, 1 chileno e 10 portugueses), que trabalharão nas ilhas de Rei Jorge, Deceção, Livingston, (Arquipélago das Shetlands do Sul), ilha de Amsler (Arquipélago de Palmer), Cierva Cove (Península Antártica), e nas áreas marinhas ao largo das ilhas Geórgia do Sul. Estes projetos desenvolvem-se nas áreas das ciências atmosféricas, biológicas, da criosfera, e do ambiente e da Terra relacionando-se com os impactos das alterações climáticas na Antártida. Os projetos apoiados são coordenados por cientistas de 5 centros de investigação públicos.

Segue-se informação sobre os 7 projetos antárticos:
ANTARTIC-D-LIGHT - Impactos da assincronia entre fotoperíodo e temperatura nos peixes antárticos – mecanismos endócrinos de sinalização e funções metabólicas. Coordenador: Pedro Guerreiro, (Centro de Ciências do Mar, Universidade do Algarve). Local de trabalho: Ilha do Rei Jorge.

APMAR 2 - Precipitação e balanço de massa e energia superficial na Península Antártica: qual é o papel dos rios atmosféricos? Coordenador: Irina V. Gorodetskaya (Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, Universidade do Porto). Local de trabalho: Ilha de Rei Jorge.

BIOCRUST - Biodiversidade das biocrostas como um indicador para diagnosticar, monitorizar e prever os impactos das alterações climáticas no funcionamento dos ecossistemas Antárticos. Coordenador: Paula Matos (Centro de Estudos Geográficos, Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, Universidade de Lisboa). Local de trabalho: Ilha de Deceção.

FISHFAN II - FISHeries and Food webs in the ANtarctic Ocean. Coordenador: José Xavier (Centro de Ciências do Mar e Ambiente, Universidade de Coimbra). Local de trabalho: Oceanos Austral: áreas marinhas ao largo das ilhas Geórgia do Sul.

CEPH-BasFr - Análise da fauna a longo termo do Oceano Antártico. Coordenador: José Xavier (Centro de Ciências do Mar e Ambiente, Universidade de Coimbra). Local de trabalho para tratamento de amostras antárticas: British Antarctic Survey, Universidade de La Rochelle (França).

PERCONTACT - Contaminação em Permafrost na Antártida Marítima e consequências após a sua fusão. Coordenador: Rute Cesário (Centro de Química Estrutural do Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa). Local e datas de trabalho: Ilha de Decepção.

PERMANTAR - Permafrost e alterações climáticas na Península Antártica Ocidental. Coordenador: Gonçalo Brito Guapo Teles Vieira (Centro de Estudos Geográficos, Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, Universidade de Lisboa). Local e datas de trabalho: Ilha Livingston, ilha do Rei Jorge, ilha Deceção (Arquipélago das Shetlands do Sul), ilha de Amsler (Arquipélago de Palmer), Cierva Cove (Península Antártica).

A campanha antártica desenvolve-se até início de março de 2023 e é financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) - Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), através do Programa Polar Português (PROPOLAR). Dado que Portugal não possui infraestruturas na Antártida, a campanha desenvolve-se com base na cooperação internacional com o Chile, Espanha e República da Coreia do Sul que proporcionam apoio logístico para estadia em bases de investigação e navios de investigação, transporte de investigadores e de equipamento e apoio às atividades de investigação.

Para mais detalhes sobre os projetos, consultar http://www.propolar.org/propolar2022-23.html.